sábado, 23 de junho de 2012

Debate seguirá com Centro Rio+

O novo Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável é um dos frutos da Rio+20. A criação do Rio+ foi anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nessa sexta-feira (22). "Uma parceria do governo brasileiro e agências da ONU, o Centro é um dos legados mais importantes da conferência e ficará sediado na Coppe/UFRJ", disse Izabella.

Segundo o diretor da instituição, Luiz Pinguelli Rosa, as instalações estão disponíveis para o início das atividades, na Cidade Universitária: “Estamos cedendo um andar inteiro de um dos nossos prédios, onde também funciona o Instituto Verde, uma parceria da Coppe com o Pnuma.”

Participarão do Centro Rio+ representantes nacionais e internacionais de universidades, empresas e sociedade civil, facilitando a pesquisa e o debate sobre desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Elmo Amador na Cúpula dos Povos

É Natália Amador, a filha do saudoso professor quem convida:

"É com grande emoção e orgulho que envio o convite para o Evento de
Pré-lançamento do livro do meu Pai, o Geógrafo e Ambientalista Elmo Amador
- Bacia e Baía de Guanabara, Características Geoambientais,Formação e
Ecossistemas
- a ser realizado durante a Rio+20 na Cúpula dos Povos no
Aterro do Flamengo dia 21/06 quinta feira de 9 às 12 h na tenda da Fiocruz.

De sua tese de doutorado o autor publicou uma edição do autor em 1997: Baía
de Guanabara e Ecossistemas Periféricos Homem e Natureza
, que virou
referência nos estudos sobre a BG e foi logo esgotada. Em 2009 o autor
entregou para reedição na Interciência sua obra original com alguns
complementos e atualizações desdobrando em dois livros. Em 2010 sua
enfermidade se agravou e veio a fazer a passagem em 30/06/2010. Após várias
revisões estamos lançando o primeiro dos livros durante a Rio+20... A luta
continua!!!




Coppe/UFRJ mostra fragilidade dos oceanos

A Rio+20 entrou na segunda fase com a participação dos líderes mundiais, nessa quarta-feira (20). Muita água ainda vai rolar, em torno dos ajustes no documento final. A propósito, a proteção aos oceanos não pode ficar de fora, para a maioria dos ambientalistas e pesquisadores.

Na grande agenda da Rio+20, merece destaque o encontro "O futuro sustentável", promovido pela Coppe/UFRJ, com palestras na Cidade Universitária, no Fundão, e exposição no estande do Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca. Num dos debates, o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, falou da importância de se evitar a degradação dos ecossistemas marinhos, que representam 71% da Terra: "Os oceanos são os grandes regularadores do clima. Protegê-los é garantir proteção da população que vive a menos de 70 quilômetros do litoral."

Paulo Cesar Rosman, professor do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, destacou a fragilidade dos oceanos: "São como um fino saco plástico que protege a melancia. Eles não são tão poderosos como pensamos e vivem sendo agredidos. Há ilhas de detritos que migram de um continente ao outro, como mostrou o exemplo do tsunami no Japão, quando grandes estruturas se deslocaram e foram parar nos EUA."

Rosman lembrou que as megacidades brasileiras estão na zona costeira e muitas ocupam áreas de baixada, pressionando ainda mais o solo com a densidade habitacional. "O peso do processo de adensamento deixa as cidades em um nível mais baixo do que o do oceano, e isso preocupa. A elevação do nível médio do mar impactará moradias das baixadas, em geral com populações de baixa renda. Com as mudanças climáticas, haverá alteração de ventos, ressacas mais fortes, mudanças de desenhos das praias e impacto no fornecimento de água doce", disse.

O professor Rosman citou números para falar do prejuízo previsto no Brasil. Segundo ele, estudos apresentados no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, apontam prejuízo de R$ 200 bilhões no patrimônio impactado no Brasil: "Recomendamos 14 ações de prevenção, entre 2010 e 2050, no valor de R$ 4 bilhões. É o seguro mais barato que se pode fazer. Não é nada em comparação com o patrimônio que será atingido."

Diante de tantos problemas, a conscientização da população sobre a importância dos oceanos precisa crescer, segundo o presidente do Instituto Rumo Náutico, Axel Grael. "Trabalhamos isso com os jovens, como no Projeto Grael. Ao mesmo tempo que aprendem a velejar, eles ajudam a monitorar a qualidade da água na Baía de Guanabara e a ter uma outra visão sobre o ambiente."

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dia do Meio Ambiente+20

Um dia só é pouco, com o perdão da reciclagem do clichê. Tem que ser mais 20, 300 dias. E num caminho sem volta, após tantas conquistas. Sim, há o que se comemorar, além do fim do lixão de Gramacho. Principalmente a divulgação da causa. Não se falava tanto em meio ambiente (ou ecologia) há vinte anos, na véspera da Rio 92 (e não ECO 92, como difundiram os não cariocas). Era conversa para poucos: os estudiosos e os ambientalistas, logo chamados de frescos, loucos ou chatos.

Hoje, tem a bela exposição A Terra vista do céu, na Cinelândia, e o Green Nation Fest, na Quinta da Boa Vista, na contagem regressiva da Rio+20. Ou melhor, progressiva! Que venham outros eventos e mobilizações, como a união de escolas da Gávea, públicas e particulares, em plenárias de saudável mistura e convivência, no Colégio Teresiano.

E que continue a rede, real e virtual, em defesa dos ecossistemas e contra os que sempre querem tirar um pedaço do que pertence a todos. Seja mexendo nas leis ou pegando na mão grande o que a natureza um dia vai cobrar de volta.