quarta-feira, 31 de julho de 2013

Contra a cultura do descartável

Na Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco falou contra a cultura do descartável, no Rio de Janeiro, incluindo aí as relações humanas. Mas foi a baixa quantidade de resíduos descartados nas ruas que impressionou. A Comlurb recolheu 345 toneladas, em cinco dias, nos locais por onde os peregrinos passaram, como a Praia de Copacabana. O detalhe é que, somente na noite do revéillon, na mesma praia, a companhia encheu os caminhões com 380 toneladas. Ou seja, 9% a mais lixo que na JMJ.

Ponto para a "juventude do Papa".

sábado, 20 de julho de 2013

"Somos os filhos da revolução"

Um mar de protestos nas ruas. Revolta dos 20 centavos, da cartolina ou do vinagre. Não importa o nome. Junho de 2013 ficará marcado como o mês em que o gigante acordou e foi cantado nas ruas do Brasil.

"Descobrimos o valor da gota d'água: 0,20 centavos", dizia a moça e o cartaz que ela segurava ao lado do Theatro Municipal do Rio, nas primeiras passeatas. O aumento das passagens de ônibus, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outros estados, fez o povo ir para as ruas, cobrar melhores serviços e ética na política. Ecoou em Brasília.

As mensagens nos cartazes legendavam a bronca geral. Para quem via da calçada ou pela TV, havia muita pauta e reivindicações misturadas. Pelo fim da corrupção à volta da poesia... O gigante acordou com sede. Padrão Fifa virou sinônimo de qualidade, daí a grita por saúde e educação com a mesma qualidade das instalações dos estádios de futebol inaugurados na Copa das Confederações. A festa, restrita a poucos, atiçou o protesto.

Nunca se falou e cobrou tanto por melhor mobilidade, com transporte público eficiente. Agora, falta rimar a discussão com sustentabilidade, na opinião dos ambientalistas, que batem na tecla há 30 anos. É hora de repensar a cidade em que queremos viver, a sociedade que sonhamos. Onde protestar não seja caso de polícia.