sábado, 21 de dezembro de 2013
"Quando a gente ama" o teatro, o samba, a cor
Elogiado pela crítica teatral, o espetáculo conta com oito atores afinados. Wladimir Pinheiro, Vilma Melo, Patrícia Costa, Milton Filho, Jéssica Moraes, Édio Nunes, David Junior e Cris Vianna atuam, cantam e sambam, no ritmo dos altos e baixos das relações amorosas. Fazem rir a maioria e chorar os mais sensíveis, nas cenas menos iluminadas, com a luz entrando pelos cobogós cenográficos.
O elenco é acompanhado por cinco músicos: Marlon Júlio, Marcos Passos, Léo Antunes, Felipe e Fabinho D'Lélis. “Quando a gente ama” tem 12 músicas e dez histórias curtas, relacionadas às canções de Arlindo, como autor ou intérprete. Foram escolhidas no repertório das mais de 500 composições do homenageado e de parceiros, como Zeca Pagodinho, Sombrinha, Maurição, Luiz Carlos da Vila, Fred Camacho, Almir Guineto e Arlindo Neto.
“Nossa intenção é lançar um olhar diferente sobre a ideia de musical brasileiro, usando como ponto de partida a obra de um do nossos mais populares compositores”, conta João Batista, autor da peça e fundador da Cia Dramática de Comédia. “Ficou muito lindo”, agradece o homenageado Arlindo Cruz.
A companhia tem 20 anos de trajetória premiada. Já produziu “Chagall, o poeta com asas de pintor”; “A caolha”; “A história de Romeu e Julieta”; e “O homem da cabeça de papelão”, espetáculo incluído na lista dos dez melhores de O Globo e indicado para o Prêmio Shell 2008 na categoria direção musical, com Marcelo Alonso Neves. Em “Quando a gente ama”, a direção musical e os arranjos também são de Marcelo.
A equipe de criação traz também Renato Machado (iluminação), Paula Leal (preparação vocal), Mauro Leite (figurinos), Doris Rollemberg (cenografia), Dani Cavanellas (coreografia) e Cleiton Rasga (assistência de direção). A produção da montagem é da Sábios Projetos, com patrocínio da Eletrobras, através do Ministério da Cultura.
Na foto de Marcus Gullo, os atores David Junior, Jéssica Moraes, Édio Nunes, Patrícia Costa, Milton Filho, Cris Vianna, Wladimir Pinheiro e Vilma Melo: afinados e apaixonantes.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
"A luz que nos protege"
A arte de Helio Branco pode ser conferida até dia 17 de agosto, na Galeria Coleção de Arte, dentro da programação do FotoRio 2013. Mas navegando por aí se acha mais da produção dele, dos dois lados da Baía de Guanabara.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Contra a cultura do descartável
Ponto para a "juventude do Papa".
sábado, 20 de julho de 2013
"Somos os filhos da revolução"
"Descobrimos o valor da gota d'água: 0,20 centavos", dizia a moça e o cartaz que ela segurava ao lado do Theatro Municipal do Rio, nas primeiras passeatas. O aumento das passagens de ônibus, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outros estados, fez o povo ir para as ruas, cobrar melhores serviços e ética na política. Ecoou em Brasília.
As mensagens nos cartazes legendavam a bronca geral. Para quem via da calçada ou pela TV, havia muita pauta e reivindicações misturadas. Pelo fim da corrupção à volta da poesia... O gigante acordou com sede. Padrão Fifa virou sinônimo de qualidade, daí a grita por saúde e educação com a mesma qualidade das instalações dos estádios de futebol inaugurados na Copa das Confederações. A festa, restrita a poucos, atiçou o protesto.
Nunca se falou e cobrou tanto por melhor mobilidade, com transporte público eficiente. Agora, falta rimar a discussão com sustentabilidade, na opinião dos ambientalistas, que batem na tecla há 30 anos. É hora de repensar a cidade em que queremos viver, a sociedade que sonhamos. Onde protestar não seja caso de polícia.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Fernando Pessoa dá as cartas em Petrópolis
A exposição tem a proa de uma nau, pedras portuguesas e palavras distintas com o mesmo significado nos dois países. Uma instalação da artista Adriane Guimarães convida o visitante a interagir com as letras. Design, produção e cenografia são de Cláudio Partes, Rafael Diel e Julio Cesar.
No período de visitação, que vai até 31 de outubro, a faculdade abrigará eventos paralelos, como leituras de versos de Pessoa, segundo Ricardo Tammela, coordenador de projetos especiais da faculdade. A exposição fica aberta de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 18h. É grátis e mais um motivo para visitar Petrópolis. O Centro Cultural Fase/FMP fica na Avenida Barão do Rio Branco, 1003.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Ambiente todo dia na folhinha
Durante os preparativos para a conferência Rio+20, o Teresiano articulou a união das escolas públicas e privadas da Gávea em torno de discussões ambientais sobre o futuro da Gávea. A revitalização do Parque da Cidade foi uma das bandeiras levantadas. Agora, com maior atenção da prefeitura carioca, o espaço voltou a ser mais frequentado. O prefeito já pensa em transformá-lo num pequeno Inhotim, referência ao parque mineiro que harmoniza arte e verde com sucesso.
Aproveitando a data e a deixa, vale visita virtual a Inhotim e a publicações que batalham a informação ambiental todos os dias, como Envolverde, Plurale, O Eco e o Portal do Meio Ambiente.
Sem tabaco, sem fumaça
“Se eliminarmos o cigarro, terminaremos com 50% dos tipos de câncer que existem”, diz o oncologista Roberto Gil, membro do Serviço de Oncologia Clínica do Inca. Roberto Gil acompanha a luta contra o fumo de perto. Para ele, que também é diretor da Oncoclínica no Rio de Janeiro, as mudanças nas leis para restringir o fumo no Brasil foram fundamentais.
Além do câncer de pulmão, o fumo também está associado ao surgimento de outros tumores. “Os problemas no pulmão são os de mais fácil associação, mas há outros riscos”, diz o oncologista Frederico Nunes. Ele conta, por exemplo, que as substâncias do cigarro, a combustão e a fumaça causam um processo irritativo no sistema urinário e as alterações podem desencadear o câncer de bexiga.
A oncologista Sabrina Chagas, especializada na saúde da mama, aposta na mudança de hábitos como a melhor prevenção: “O abuso do fumo e do álcool deve ser evitado porque os males que causam são amplamente conhecidos. O papel da rede de saúde é ajudar o fumante a largar o vício antes que as doenças se instalem.”
A população está mais informada contra os malefícios do tabaco. Se em 1989 o percentual de fumantes era de 32%, em 2008 passou para 17%, e caiu para 14,8% no ano passado, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde. Hoje, o Brasil tem maior contingente de ex-fumantes do que de fumantes, segundo a coordenadora do Centro de Tratamento de Tabagismo do Inca, Cristina Cantarino.
Ela ressalta que o vício no cigarro é uma doença associada à dependência química, ligada à nicotina, e sujeita a recaídas: “A vontade de fumar diminui no tabagista a partir do momento em que ele fica mais seguro, ganhando instrumentos para se proteger do que chamamos de gatilhos, quando, por exemplo, associa a vontade de fumar à imagem do colega que passa indo para o fumódromo ou quando vê o bar onde comprava cigarros.”
Para o oncogeneticista Jose Claudio Casali, também da Oncoclínica uma vida saudável, com alimentação equilibrada, exercícios físicos e livre de vícios, pode mudar o futuro. “O que está à nossa volta pode influenciar a genética. Algumas alterações químicas que fazemos no nosso DNA acontecem por fatores externos. Enfim, temos interruptores que podem ser modificados antes de ligados”, compara.